Plataforma CBDC da China regista 180 milhões de carteiras e 7,3 triliões de yuans em transações

A aplicação CBDC da China atingiu um marco significativo com 180 milhões de carteiras pessoais e um volume impressionante de transações de 7,3 biliões de yuans em regiões piloto.

O ambicioso impulso da China para uma moeda digital do banco central está a ganhar força, com milhões de pessoas a abraçar a nova solução e a mudar a forma como o dinheiro se move.

Changchun Mu, diretor-geral do instituto de moeda digital do Banco Popular da China, escreveu numa coluna para o gigante dos media chinês SINA que, em julho, o CBDC da China – também conhecido como renminbi digital ou e-CNY – registou 180 milhões de carteiras pessoais abertas e um volume total de transações de 7,3 triliões de yuans ¥ (1,02 triliões de dólares) em regiões piloto.

O PBoC tem sido proativo no desenvolvimento do renminbi digital desde 2014, participando em extensos testes e experiências piloto em cidades como Shenzhen e Pequim. A aplicação e-CNY, lançada pelo PBoC, tem sido fundamental na integração da moeda digital em setores como o retalho e os transportes públicos.

Apesar do rápido crescimento, os desafios de adoção mantêm-se. Sammy Lin, gestora de contas de um banco estatal em Suzhou, disse anteriormente aos meios de comunicação locais que muitos utilizadores, incluindo ela própria, hesitam em armazenar fundos em carteiras digitais em yuans devido à funcionalidade limitada e à falta de rendimentos de juros.

Os esforços da China fazem parte de uma tendência global mais ampla, com 134 países a explorar CBDCs em Setembro, de acordo com dados do Atlantic Council. Isto marca um aumento acentuado em relação aos 35 em 2020. Por exemplo, 65 países, incluindo a Índia, o Brasil e a Austrália, estão em fases avançadas de desenvolvimento, teste piloto ou lançamento de CBDC. Todas as nações do G20 estão também a investigar as moedas digitais, com 19 em fases avançadas.