A 26 de dezembro de 2024, o fornecimento não minado de Bitcoin caiu abaixo do limite de 1,19 milhões de BTC, marcando um marco significativo na escassez da criptomoeda. Com apenas cerca de 1.198.640,60 BTC restantes para serem minerados, aproximadamente 94,29% do fornecimento total de Bitcoin já foi emitido, destacando a disponibilidade decrescente de novas moedas à medida que a rede se aproxima do seu fornecimento máximo de 21 milhões de BTC. Esta escassez crescente é particularmente notável à medida que a adoção do Bitcoin continua a crescer, com mais governos e instituições a explorar a ideia de integrar o Bitcoin nos seus sistemas financeiros.
Apesar da crescente adoção, a mineração de Bitcoin enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito ao consumo de energia. Vários países, incluindo a Venezuela, a China e a Rússia, proibiram a mineração de Bitcoin devido a preocupações ambientais e energéticas. Além disso, nas regiões onde a mineração ainda é permitida, as elevadas tarifas energéticas tornaram o processo mais dispendioso, aumentando ainda mais a pressão sobre os mineiros.
A capitalização de mercado do Bitcoin continua a ser dominante no espaço das criptomoedas, situando-se em quase 1,89 triliões de dólares, com uma avaliação totalmente diluída de 2,004 triliões de dólares. Nas últimas 24 horas, o preço do Bitcoin sofreu uma ligeira queda de 3,4%, mas ainda está a ser negociado a uns robustos 95.280 dólares. A criptomoeda atingiu o seu máximo histórico mais recente de 108.280 dólares a 17 de dezembro de 2024, impulsionada por um mercado em alta alimentado em parte pelos desenvolvimentos políticos nos Estados Unidos.
Um fator importante que influencia a ascensão do Bitcoin é o potencial de reservas de Bitcoin em vários países. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem enfatizado repetidamente o seu desejo de tornar os EUA o líder global em criptomoeda, incluindo planos para estabelecer uma Reserva Estratégica de Bitcoin dos EUA, criando potencialmente um fundo de reserva nacional com Bitcoin. Esta ideia foi discutida mais detalhadamente numa reunião entre Trump e o CEO da Crypto.com, Kris Marszalek, em dezembro. Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, propôs ainda que uma reserva de Bitcoin poderia gerar fundos significativos para o Tesouro dos EUA, que variam entre 16 triliões e 81 triliões de dólares.
Para além dos EUA, outras regiões, como a União Europeia e a Rússia, demonstraram interesse em criar reservas nacionais de Bitcoin. Por exemplo, a deputada do Parlamento Europeu, Sarah Knafo, defendeu que a UE estabelecesse reservas estratégicas de Bitcoin, enquanto as autoridades russas sugeriram a possibilidade de criar uma reserva de Bitcoin no seu país. Da mesma forma, os legisladores brasileiros propuseram um projeto de lei que limita as reservas do país a 18,5 mil milhões de dólares em BTC.
À medida que a oferta de Bitcoin diminui, a importância da criptomoeda continua a crescer no panorama global, impulsionada tanto pela crescente adoção como pelos movimentos estratégicos de vários governos para explorar o seu potencial como ativo de reserva. A oferta reduzida, combinada com o crescente interesse institucional, poderá continuar a impulsionar o valor do Bitcoin e o seu papel na economia global.