O bilionário Ray Dalio apoia o Bitcoin e o ouro em ativos de dívida

Billionaire Ray Dalio backs Bitcoin and Gold over debt assets

O investidor bilionário Ray Dalio expressou preocupações crescentes sobre o endividamento global, instando os investidores a considerarem a mudança para ativos de “dinheiro forte”, como o ouro e a Bitcoin, em vez de instrumentos de dívida tradicionais, como obrigações. Falando numa conferência financeira em Abu Dhabi, Dalio destacou a natureza insustentável do aumento dos níveis de dívida nas principais economias, incluindo os Estados Unidos e a China, que acredita poder conduzir a desafios económicos significativos.

Dalio há muito que defende a prudência face ao aumento da dívida e ao seu potencial para desvalorizar o dinheiro, uma preocupação que considera particularmente premente no contexto dos mercados financeiros dominados pela moeda fiduciária e pelas obrigações governamentais. As suas observações reflectem um sentimento crescente entre os especialistas financeiros de que a dívida excessiva, juntamente com as complexidades dos sistemas monetários globais, poderia desestabilizar as economias e corroer o poder de compra. O alerta de Dalio sublinha a sua crença de que os activos financeiros tradicionais, como as obrigações, podem já não oferecer a mesma segurança que ofereciam, especialmente em tempos de incerteza económica.

Historicamente, Dalio sugeriu explorar moedas ou ativos alternativos para se proteger contra a instabilidade financeira, especialmente a inflação. Numa entrevista de 2023 à CNBC, criticou as moedas fiduciárias, a Bitcoin e as stablecoins pela sua incapacidade de manter a estabilidade económica. Apontou questões como a sobreimpressão de moeda fiduciária e a volatilidade inerente do Bitcoin como razões pelas quais estes ativos não proporcionam soluções duradouras. Em vez disso, Dalio propôs a ideia de uma “moeda indexada à inflação” como uma potencial salvaguarda para preservar o poder de compra num ambiente inflacionista.

Em contraste com os activos de dívida, Dalio enfatizou a importância dos activos de “dinheiro forte”, que não são controlados por nenhuma autoridade central. O ouro e a Bitcoin, defende, estão melhor posicionados para servir de reservas de valor, especialmente em tempos de incerteza económica. Dalio tem afirmado repetidamente que prefere reduzir a exposição a instrumentos de dívida e, em vez disso, deter activos como o ouro e a Bitcoin, que são vistos como portos seguros em tempos de instabilidade geopolítica ou crises financeiras.

Dalio identificou ainda cinco forças principais que estão a moldar a economia global: dinâmica da dívida e do dinheiro, divisões políticas internas, tensões geopolíticas, desastres naturais e inovação tecnológica. Salientou que estas forças poderiam ter um impacto profundo no sistema financeiro global, instando os investidores a pensarem estrategicamente e a concentrarem-se nas tendências de longo prazo, em vez de reagirem aos movimentos de mercado de curto prazo.

Os seus comentários servem como um lembrete da crescente mudança dos activos financeiros tradicionais para alternativas como o Bitcoin e o ouro, que muitos investidores consideram agora mais resilientes aos riscos colocados pelo aumento dos níveis de dívida e pela volatilidade económica. A perspetiva de Dalio está alinhada com uma tendência mais ampla entre investidores institucionais e profissionais financeiros que exploram cada vez mais a Bitcoin e outros ativos digitais como parte de uma estratégia de investimento diversificada.

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